domingo, fevereiro 25, 2007

Eu prefiro ouvir uma música a assistir televisão
Ou então eu prefiro ler alguma coisa
E eu faço isto porque prefiro realmente
Eu fico triste por muito pouco
Mas sei ser feliz com pequenas coisas
Eu prefiro o café bem forte
De preferência instantâneo
E com o leite frio
Eu nunca sei se estou realmente amando
E isto atrapalha muito meus relacionamentos
Eu odeio disciplinas exatas
Acho os princípios da física quântica interessantes
Adoro divagar sobre assuntos realmente profundos e improváveis
Só pelo prazer da divagação
Tenho amigos que compartilham do gosto
Outras pessoas bastante próximas não entendem a metade do que eu falo
Algumas vezes me sinto muito burra
Outras, me sinto a mais inteligente dos mortais
Eu não consigo seguir meus próprios conselhos
E magôo muito as pessoas
Ou então exagero no amor
Eu finjo ser uma pessoa que não sou nove horas por dia
Talvez eu faça isso por mais horas durante o dia
Talvez eu faça isso o dia inteiro
E eu já estou desconfiando que não seja fingimento
Talvez esta seja eu
E eu fico mesmo chateada com isso
A vida não é fácil
Mas poderia ser pior
E este é um pensamento comodista
Quando estou triste gosto de contar pra alguém em quem eu confie
Depois gosto de ir dormir
Tudo o que faço quando estou triste sai mal feito
Até dormir
Eu gosto mais do inverno
Eu nunca canso de olhar pela minha janela
E nos últimos tempos
Nos últimos dezoito anos
Tenho sentido falta de uma pessoa
Que por culpa dela própria
Nunca saberá o quanto a amo
Acho que não estar legal
É um direito adquirido

"Juntaríamos-nos todos em uma sala
Afrouxaríamos nossos cintos
Conversaríamos
Todos relaxariam
Descansaríamos sem culpa
Não mentir sem medo
Discordar sem julgamento

Nós ficaríamos
E responderíamos
E expandiríamos
E incluiríamos
E permitiríamos
E perdoaríamos
E aproveitaríamos
E envolveríamos
E discerniríamos
E inquiriríamos
E aceitaríamos
E admitiríamos
E divulgaríamos
E abriríamos
E alcançaríamos
E falaríamos

Essa é Utopia, essa é minha Utopia.
Esse é meu ideal meu “in sight” final.
Utopia, essa é minha Utopia.
Esse é meu nirvana.

Meu ultimato.
Abriríamos nossos braços
Nós todos pularíamos, nos deixaríamos cair
Nas redes de segurança
Nós dividiríamos
E ouviríamos
E apoiaríamos
E acolheríamos

Seriamos arrastados pela paixão
Não investiríamos em resultados
Nós respiraríamos
E seriamos encantadores

E apreciaríamos a diferença
Seriamos gentis
E aceitaríamos todas as emoções.
Nós providenciaríamos discussões
Todos falaríamos
E todos seriamos ouvidos
E nos sentiríamos notados.

Nós levantaríamos após os obstáculos mais definidos mais gratos
Nós nos curaríamos
Seriamos humildes
E nada poderia nos parar
Seguraríamos forte
E deixaríamos ir
E saberíamos quando fazer o que

Nós libertaríamos
E desarmaríamos
E suportaríamos
E sentiríamos seguros"

(Utopia ~ Alanis Morissette)

Para a Liberdade e Luta

"Me enterrem com os trotskistas
na cova comum dos idealistas
onde jazem aqueles que o poder não corrompeu
Me enterrem com meu coração
na beira do rio onde o joelho ferido
tocou a pedra da paixão."

(Paulo Leminski)

O Analfabeto Político

"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não
ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos
políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do
feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e
do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e
estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política,
nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos
os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto
e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Participar é preciso."

(Bertolt Brecht)

sábado, fevereiro 24, 2007


"Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho."

(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Há de se saber

Há de se conformar que a vida é cheia de contradições, que as pessoas morrem, que os amores vão e vem, que nem sempre a pessoa que mais amamos é a que nos acompanha por toda a vida, e que nem sempre a pessoa que nos acompanha por toda a vida é a que mais amamos.
Há de se entender que nem sempre o universo conspira a nosso favor, que as pessoas às vezes irritam, que por mais que se estude por vezes não se aprende, que o trânsito engarrafa, que sempre existirá a direita e a esquerda, o bem e o mal, o realismo e o surrealismo, e que tudo são lados de uma mesma moeda. Há de se entender que é uma questão de equilíbrio, e de sensibilidade.

Há de se conformar que o amor pode vir apenas depois do fim, que o fim pode vir mesmo havendo amor, ou que por mais que se queira o amor nunca venha. Há de se saber que a vida é capaz de reservar momentos muito tristes, que é bem possível que chova no natal, no reveillon e no feriado de carnaval, que um dia alguém em quem você confie a vida te decepcione, que o dinheiro nunca seja o suficiente, que a faculdade não seja o que você esperou, que você odeie seu emprego, que você nunca conheça seus verdadeiros pais.
Há de se aceitar que os vizinhos possam não ir com a sua cara, que roubem seu carro, ou sua bicicleta e que o seguro não cubra, que a luz acabe no meio de um banho quente, que a vontade acabe no clímax do momento, que um livro bom tenha um final ruim, que um rato um dia faça um ninho em cima do seu armário.
Há de se entender que a vida nem sempre sai como se deseja, que a infelicidade existe sim.
Mas acima de tudo, há de se saber que é tudo uma questão de escolhas e que é sempre possível ser feliz.

O Grande Gol

Ontem uma amiga perguntou quais os meus planos para o futuro, perguntou se eu tinha algum grande “gol” a perseguir. E novamente eu senti aquela sensação estranha, quais são os meus sonhos, foi o que eu me perguntei, não tenho sonhos, esta é a resposta. Não é a primeira vez, tenho um outro amigo que sempre me pergunta e eu nunca sei bem o que responder. Passam sim vários desejos de realizações futuras pela minha cabeça, afinal não há quem não pense sobre ele, o futuro. Mas nenhum plano é suficientemente grande para poder ser chamado Sonho.
E respondi, não sei, acho que quero ser feliz, ela riu e respondeu, claro, eu ainda não sabia disso.
Então tentei pensar no assunto e o fiz em voz alta, devaneando com ela, altas horas da noite, eu no beliche de cima, ela no de baixo, acerca do que eu imaginava como projeto de felicidade plena. Falei que eu quero estudar, estudar muito mais do que já estudei, quero fazer um mestrado, um doutorado talvez, quero trabalhar e ter certa estabilidade para poder viver tranquilamente. Falei que não quero ter filhos, talvez me case, mas filhos por hora me parecem improváveis, talvez adotasse uma criança, tenho um senso de responsabilidade demasiado grande com relação ao assunto “fazer seres humanos”, até que a maturidade venha me mudar a idéia. Eu disse para ela, e foi isto que não consegui explicar direito, que o conhecimento do mundo e do ser humano, pode nos trazer felicidade. Ela discordou, disse que quanto mais alguém possui conhecimento, mais decepcionado com o mundo fica. Não consegui rebater a questão, prometi pensar no assunto, eu tinha tão claro isto na mente, mas não sabia como explicar a ela coisa que nunca antes havia sido verbalizada. Na minha cabeça esta idéia existe há muito tempo, mas apenas na linguagem dos pensamentos, e agora eu já não sabia traduzi-la.
Depois ela disse boa noite e eu fiquei mais uns minutos pensando sobre o assunto, até que adormeci. Agora voltei a pensar, vejo que eu não consegui explicar a ela o caminho que planejei para chegar à felicidade porque havia errado já no primeiro conceito. A plenitude da minha felicidade não reside hoje, e nem residirá no futuro sobre o qual falávamos, no conhecimento adquirido nas academias da minha vida.
Minha felicidade será plena na proporção em que pleno for o meu conhecimento não só da mente, mas também do coração humano, na proporção em que eu possa retribuir com sinceridade um desejo de bom dia, na proporção em que eu realmente me sinta bem em ajudar alguém, na proporção em que eu aprenda a amar, na proporção em que dos livros eu tire não apenas todo o conhecimento objetivo que me dará inteligência, mas todo o ensinamento de vida empregado pelos autores naquelas páginas, na proporção em que eu saiba renunciar inclusive a minha felicidade em troca da felicidade daqueles a quem amar, na proporção em que aprenda a não deixar que futilidades cotidianas abalem minha paz, na proporção em que eu ensine aos demais como serem felizes, na proporção da minha capacidade de mostrar-lhes que a felicidade não é utópica, é real e por vezes palpável.
Então repensando tudo isto, acho que posso sim afirmar que o único grande “gol” que eu desejo perseguir é a felicidade, e que isso não é assim nem tão comum, nem tão estranho.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007


Rimas de um dia estranho

Feia e descabelada
Por sorte não acorda novamente atrasada

Sono atordoante
Manhã entediante
Coração palpitante
palpitante
palpitante

Comida fraca
Leitura rápida

Impossível trabalhar
Não pode se concentrar
Amar, amar, amar

De hoje não pode se estender
Ela vai ter de dizer

Sai sem se alimentar
Não consegue nem pensar
Hoje ela vai falar

Conversa
Desconversa
Depressa
A oportunidade vai passar

Ele fala
Ela cala
O que ela quer não existe
Nem resiste
Ela desiste

Que bom
Que acompanhe a ambos
A felicidade
De verdade...



"ameio em cheio
meio amei-o
meio não amei-o"

(leminsk)

domingo, fevereiro 11, 2007


A lua no cinema

"A lua foi no cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e tada a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!"

(Paulo Leminski)

Velhos heróis

Todos nós, quando crianças, possuímos heróis. Eu não fui uma criança de muitos desenhos em quadrinhos, de personagens midiáticos. O meu grande herói foi e até hoje tenta persistir em ser, um homem. Este homem me ensinou valores, me ensinou a desconstruir tabus, me mostrou o que é a felicidade da simplicidade, me mostrou o valor da humildade, me ensinou a ser gente.
Depois, não sei se fui eu ou se foi ele, alguma coisa mudou. Ele já não tinha mais todas as respostas, já não estava mais tão presente, já não me convencia de tudo. Durante um bom tempo continuei vendo-o como o melhor homem do mundo, mesmo enxergando seus defeitos, porque afinal, a vida, o mundo, nos obrigam a ter defeitos.
Mesmo quando os erros ultrapassaram a linha do aceitável, eu o defendí, eu ainda punha a culpa no mundo, no destino e na falta de sorte.
Eu bem que tentei, talvez a errada seja eu, mas hoje eu já não consigo e isto me faz sentir muito sozinha, já não há mais em quem confiar...
Alguma coisa dentro de mim me pede insistentemente para continuar perdoando e entendendo as coisas que passam na cabeça deste antigo herói. Mas o que esta coisa não sabe, é que eu já o enterrei e que talvez não haja mais volta. O que esta coisa não sabe é que eu prefiro a solidão a mais uma decepção. E que entre nós, daqui para frente, sempre haverá seqüelas de uma antiga desilusão.

sábado, fevereiro 10, 2007


Hoje

Acordei atrasada. Ao meu lado dormia o meu celular que, de certo havia despertado e sido enfiado por alguém em baixo das cobertas, não sei quem. Café da manhã só na metade dela, a manhã, na hora do cafezinho no trabalho. Almoço-corrido, trajeto de ir e voltar, preparar minha própria comida, tomar um banho, separar farinha para o trote de logo mais a noite, dar uma espiadinha na internet. Atrasada novamente após o almoço. Tarde tranqüila, trabalho tranqüilo. Final da tarde toca o celular, o que me dizem me abala, acabo de enterrar o ultimo dos meus heróis, acho que desta vez não tem volta. Encaminho-me para a faculdade, na biblioteca uma boa conversa com uma boa pessoa, falamos de poesia, do universo acadêmico, filosofamos sobre a vida. Agora já não estou mais tão triste. Na saída derrubo farinha na biblioteca, os ovos não quebram. Vou para a confeitaria ver se encontro alguns amigos. Encontro-os, tomo um café expresso, sorrio mais um pouco, alguém me diz que eu sou tão adorada quanto a Coca-Cola, fico feliz. Minutos depois, primeira aula de antropologia cultural, a matéria me parece interessante, ser humano, cultura, parece que vou gostar. Chega a hora do trote, buscar os calouros na sala, muitos berros, muita algazarra, muita sujeira, muitas gargalhadas, um ovo no braço. Tiro muitas fotos, gravo alguns vídeos, penso em editá-los este fim de semana. Voltamos à faculdade, sento na quadra, mais um tempo de conversa jogada fora, alguém me propõe algo “indecente”, participar do MPL, nego. Louca, ainda não tanto. Final da noite, a idéia de um cachorro-quente, barraquinha fechada, nos encaminhamos ao bar. Duas cervejas e um enrolado de salsichão com três amigos e o autor da proposta indecente, também muito amigo. Discussões sobre a política local. Vamos embora, já está próximo da hora do último ônibus deles. Tchau, tchau! Beijo, beijo. Até amanhã, me liga.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

"... Comparando com a velocidade instantânea do pensamento, que segue em linha reta até quando parece ter perdido o norte, cremo-lo porque não percebemos que ele, ao correr numa direção, está a avançar em todas as direções, comparando, dizíamos, a pobre da palavra está sempre a precisar de pedir licença a um pé para fazer andar o outro, e mesmo assim tropeça constantemente, duvida, entretém-se a dar voltas a um adjetivo, a um tempo verbal que surgiu sem se fazer anunciar pelo sujeito..."

(José Saramago - A Caverna)

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Dos bolos de pêssego

Os últimos dias foram de pouca inspiração para escrever. Diariamente eu sentava em frente ao computador e pensava em algum bom tema a cerca do qual divagar em muitas ou poucas linhas, mas nenhum assunto me parecia suficientemente adequado. Esta súbita fuga de ideias deu-se na noite do último sábado, quando, voltando de um passeio agradável no shopping com a minha mãe, chamei-lhe a atenção para a beleza da lua. Eu tenho esta, não sei se a palavra seria “mania”, acredito que mais um “gosto especial”, por observar a beleza de velhos clichês da natureza, como um belo luar, um bonito nascer do sol ou uma borboleta colorida. Mas a minha adorável mãe não se mostrou tão impressionada com o visual daquele céu noturno. Agora, recordando a cena, ocorre-me que ela possivelmente já observou o dobro de luares que eu durante a vida e, talvez, já esteja entediada. O fato é que ela me respondeu: “Não dá para olhar o céu e andar ao mesmo tempo, daqui a pouco eu bato num poste e não sei por que”. Na hora o comentário me fez rir muito, já que estávamos em uma rua larga, sem movimento algum, quase no portão do condomínio e não havia postes numa distancia de uns dez metros. Mas quando cheguei em casa e sentei na minha cadeirinha em frente ao computador, abri o editor de texto e aquela barrinha ficou piscando, piscando, como uma dedicada funcionária esperando que lhe dêem serviço ou como uma dedicada agulha esperando que lhe dêem o fio e a conduzam na construção de um belo trabalho. Por fim a barrinha deve ter ficado decepcionada, porque eu fechei o editor e fui dormir.
Nos dias seguintes reli todos os meus antigos textos e aproveitei o tempo ocioso, já que eu não o utilizava para escrever, lendo textos publicados nos blogs de alguns amigos. Reparei que eu não sou a única que tomo sempre a natureza e suas belezas como tema para as dissertações. Relembrei também o quanto eu sempre odiei bolo de pêssego e quadros de frutas e de paisagens amadoramente produzidos com tinta de pintar tecido. Não me perguntem que relação o bolo de pêssego tem com as paisagens em quadros amadores, porque não saberei responder de forma racional. Só o que sei é que, por algum destes motivos de ordem inconsciente, estes dois elementos estão diretamente interligados na minha mente e me passam a sensação de coisas mal feitas tentando imitar coisas inimitáveis.
Mas voltando ao assunto do qual eu já devo ter feito o leitor se perder, percebi então que os meus textos se parecem muito com as paisagens amadoras e com os bolos de pêssego e que, sinceramente, se eu no futuro me encontrasse com algum deles e não lembrasse da autoria, os acharia pouco atraentes para não dizer (dizendo) "chatos".
Não sei se esta percepção pode ser encarada como um contrato onde firmo o compromisso de não oferecer mais aos meus tão raros e caros leitores, bolos de pêssego. Talvez eu continue a fazê-lo porque, sim, confesso que isto às vezes me dá certo prazer, afinal é o que de melhor faço. Não, não se confunda amigo, meus dotes culinários são horríveis, o que acredito saber fazer, na verdade, é observar a beleza de pequenas coisas, que para mim são grandes, e codifica-las em palavras, de forma tão ou mais amadora que os quadros. É importante que tanto eu quanto vocês, consigamos nos dar conta de que há muito mais além do que vemos, que é possível que por trás do gosto estranho do bolo ou do contorno malfeito no quadro, haja algo para alguém que é realmente grande e especial. E isto é só o que importa.


Ou talvez eu só esteja tentando justificar alguns escritos ruins...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007


“Vez em quando bate um vento por aqui
Abro as minhas asas pra tentar subir
Mas com tanto tempo preso a essas
Grades, me esqueci
E agora tenho medo de cair

Tiê
Venha das alturas me salvar (...)

Vai sem medo, vai
Vai ganhar o céu
Quem provou da liberdade
Não terminará
Preso às próprias grades
Um dia eu vou voar
Eu já vivi no ar
Vem me ver voar...”

Jorge Vercilo

"É incrível
Nada desvia o destino
Hoje tudo faz sentido
E ainda há tanto a aprender"

"E fui andando sem pensar em mudar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu
No ar que eu respiro
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou"

Maria Rita